POPULAÇÃO FEMININA É MAIOR EM TERRITÓRIO BRASILEIRO

 



O levantamento de gênero feito pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PNAD) de 2018 revela que a população feminina brasileira ainda é superior à masculina. Ao todo, 48,3% são homens e 51,7% são mulheres. Já em Campo Largo, segundo dados do Censo Demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2010), mostram que a população feminina chega a mais de 56 mil no território.

Mesmo com a superioridade feminina, ainda existem desigualdades entre os gêneros. Mulheres e meninas continuam subvalorizadas frente à sociedade. Um estudo feito pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), identificou que a diferença de gênero no mercado de trabalho ainda é de, em média, 14% entre mulheres e homens. 

No Brasil as mulheres recebem menos na grande maioria das ocupações. Em média, as trabalhadoras ganham 20,5% a menos que homens. E conforme a PNAD, no 4º trimestre de 2018, o desemprego de mulheres era de 13,5%, enquanto o de homens foi 10,1%.


CENÁRIOS DE DESIGUALDADE DE GÊNERO 


No ambiente familiar, desde muito cedo se percebe a divisão sexual de trabalho. Frases como “lugar de menina é na cozinha” e “isso não é coisa de mocinha” são fatores que influenciam o preconceito desde muito cedo. Um estudo feito pela Maryland Population Research Center apontou que o sexo feminino dedica aproximadamente 45 minutos por dia à casa. Consequentemente, isso representa as desigualdades nas carreiras entre gêneros. 

No marcado de trabalho, por exemplo, em cargos administrativos a diferença é bem maior que as outras profissões. Apenas 27% são trabalhadoras administrativas e 39% são assalariadas no mundo.

Já na educação muitas mulheres se dedicam a cuidar do lar, por isso, acabam deixando de lado esse caminho. Isso também afeta suas carreiras no mercado de trabalho, já que não acarretam tempo para ingressar nas áreas desejadas. 

Referente à política, embora existam cotas eleitorais – lei que assegura uma porcentagem mínima de 30% e máxima de 70% a participação de determinado gênero em qualquer processo eleitoral vigente – muitas mulheres tem dificuldade em fazer parte de cargos políticos. Na América Latina, o Brasil ocupa o terceiro lugar em menor representação parlamentar feminina. Nas últimas décadas poucos avanços foram notados.


Matéria produzida em 2020 por Rhúbia Ribeiro para o Jornal Impresso Informe Local de Campo Largo


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