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Reprodução/Facebook
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O Colégio Estadual Macedo Soares é a instituição de ensino mais antigo de Campo Largo, região metropolitana, com 110 anos comemorados em 2021. O Grupo Escolar “Macedo Soares” iniciou seu funcionamento 1911, no prédio da Praça Getúlio Vargas – atual Prédio do Museu. Apenas turmas de 1ª a 4ª série faziam parte do local. Em 1940, começou a funcionar em terreno doado pelo Governo do Estado e pela Prefeitura Municipal na Rua XV de Novembro, centro da cidade.
Vários nomes já foram dados ao grupo escolar. Sendo que em 1975 chamou-se "Escola Macedo Soares Ensino Regular e Supletivo de 1º Grau"; oito anos depois, "Escola Estadual Macedo Soares – Ensino de 1º Grau Regular e Supletivo". Só em 1992, foi autorizado o curso de 2º Grau Regular e um ano depois o curso de 2º Grau Educação Geral foi implantado de forma gradativa. Por fim, em 1998, passou a denominar-se Colégio Estadual Macedo Soares- Ensino Fundamental e Médio.
Quem foi Macedo Soares?
O nome do colégio vem de Antonio Joaquim de Macedo Soares, um abolicionista e o primeiro Juiz de Direito de Campo Largo. Nascido em Ponta Negra, em Maricá – província do Rio de Janeiro – no dia 14 de janeiro de 1838, era formado em Teologia, mas descobriu que seu talento não era para a vida religiosa e sim para a advocacia. Se formou na Faculdade de Direito de São Paulo.
Em 1874, foi nomeado Juiz de Direito da cidade. Macedo Soares teve uma curta passagem pela cidade, de 1874 a 1876. No entanto, ele criou e conduziu a fundação “Club Literário Campo-Larguense”, formou a loja maçônica “Virtudes Campo-Larguense” e, com seu arrojo junto à Câmara Municipal, engenhou o Cemitério Municipal.
O que marcou a sua trajetória foi à luta contra a escravidão. Recebeu o título de “Juiz Redentor”, mas recusava dizendo que a glória seria daquele que lançou sua assinatura no decreto – ou seja, a Princesa Isabel. Antônio faleceu com 65 anos, em 1905.
Na cidade escreveu livros considerados raridades: “Subsídios para a História da Província do Paraná” e “O Matte no Paraná”, escritos em 1873 e publicados em 1875 no Rio de Janeiro. Além destes livros, é autor da obra “Dicionário Brasileiro”, onde conta que os brasileiros deveriam escrever como se estava falando no país e não como se escrevia em Portugal.
Matéria produzida em 12 de fevereiro de 2020 por Rhúbia Ribeiro para a segunda edição do Jornal impresso Informe Local de Campo Largo. Confira a publicação AQUI
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