Ciberstalking: um fenômeno que poucos conhecem

Foto: Pixabay 

Humilhação, ameaças e ofensas sexuais: características da ação de um "stalker" com suas vítimas. Uma reportagem publicada pelo Fantástico no dia dez de março deste ano mostrou essa prática que se fortificou com o auge a internet e acaba atingindo, principalmente, as mulheres.

Em um Brasil onde várias leis não são respeitadas, crimes cibernéticos como o "Ciberstalking"; ou seja, a prática de perseguir uma pessoa através de dispositivos online e, consequentemente, a vida real da vítima; é mais um ato que entra para esta lista de delitos que não recebem punições adequadas. Por ser mais sigilosa, onde o agente atua por trás da tecnologia, muitas vezes acaba esquecida e impune.


Numa pesquisa realizada pelo Datafolha, números revelam que a violência contra gênero feminino via internet ampliou de 1,2%, das questionadas em 2017, para 8,2%, em 2018. Isso demonstra que a integridade feminina, tanto no dia a dia, quanto na internet, é alvo de um machismo sustentado por uma sociedade patriarcal vivida desde tempos antigos e que não há um lugar, nem época segura para se proteger.


Apesar de Curitiba ter a Nuciber, delegacia para crimes Cibernéticos, muitas mulheres não efetivam a imputação por medo, já que sabem que muitos crimes, além deste, não têm punições severas e que seus malfeitores retornarão a agredi-las mais violentamente devido as acusações. Mesmo que a melhor escolha seja a denúncia, a insegurança continua e as ameaças persistem.

Embora sejam reduzidos a condições menores, é de extrema importância a realização de uma denúncia. Quanto mais visível estiver essas práticas, mais atentas às autoridades estarão e, como resultado, mais terá relevância perante os seus conceitos.


Matéria publicada em 4 de setembro de 2019, na Agência Mediação.

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